Publicado em: 22 de julho de 2025
Serão, com a nova apresentação, 640 veículos a bateria, e 841 contando com trólebus
ADAMO BAZANI
Nesta quarta-feira, 23 de julho de 2025, a prefeitura de São Paulo realiza a apresentação de mais 120 ônibus elétricos para o sistema de linhas municipais gerenciados pela SPTrans (São Paulo Transporte).
Os novos veículos são de diferentes empresas e, segundo a gestão, a “frota circulará nas regiões Noroeste, Oeste, Sul e Norte da capital”.
Com a inclusão destes veículos no sistema (alguns dos que serão apresentados já estão até nas planilhas de operação das viações), vai para 640 o total de ônibus elétricos com baterias, ¼ apenas das metas de 2,6 mil coletivos deste tipo que estavam previstos para o período entre 2021 e 2024, que não foram alcançadas. A gestão atribuiu principalmente ao fato de não haver infraestrutura suficiente na rede de energia e na ligação com as garagens e acusa a ENEL de não realizar as adequações necessárias, elevando a tensão de baixa para média ou alta para que não caia o fornecimento de casas e estabelecimentos comerciais durante a recarga de vários coletivos ao mesmo tempo.
Contando os 201 trólebus, que trafegam conectados à rede aérea e cuja tecnologia está presente na cidade desde 1947 (com as modernizações ao longo do tempo), são 841 ônibus com tração elétrica.
Apesar do atraso, a cidade de São Paulo reúne a maior frota de coletivos elétricos do Brasil, respondendo por mais de 80% de todos no País.
O evento ocorre na parte da manhã, na Praça Charles Miller.
A cerimônia também acontece em um momento em que o transporte coletivo faz parte da pauta policial por causa da série de ataques contra ônibus que, desde 12 de junho de 2025, já foi responsável por mais de mil depredações, das quais, até o início da noite desta terça-feira, 22 de julho de 2025, 537 foram apenas na capital.
Nesta terça-feira (22), como mostrou o Diário do Transporte, a Polícia Civil de São Paulo descartou os jogos de desafio pela internet como motivação da onda de ataques contra ônibus que já atingiu mais de mil coletivos, entre capital paulista, Grande São Paulo e litoral, sendo quase 550 somente no sistema municipal de São Paulo.
A declaração foi do diretor do Deic (Departamento de Investigações Criminais), Ronaldo Sayeg, em entrevista coletiva a respeito da considerada até o momento principal prisão no âmbito destas investigações: o funcionário público do Estado de São Paulo, Edson Campolongo, de 68 anos, que confessou ter participado de ao menos 17 ataques.
Ainda de acordo com o diretor do Deic, a hipótese de disputas sindicais também perdeu a força, mesmo porque houve já o dissídio coletivo da categoria e, mesmo assim, os ataques continuaram. Resta assim, como principal motivação, questões contratuais envolvendo empresas de ônibus.
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OUÇA – COMPLETO: Polícia descarta “jogos de desafios pela internet” como motivação da onda de ataques a ônibus, minimiza possibilidade de disputa sindical e reforça hipótese de empresas
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes