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Semove defende transição energética equilibrada no transporte coletivo durante encontro no Rio de Janeiro (RJ)


Representantes da entidade destacaram custos da eletrificação, alternativas renováveis e necessidade de investimentos em infraestrutura urbana

ARTHUR FERRARI

O Seminário Cidades Verdes 2025, realizado nos dias 10 e 11 de setembro na sede da Firjan, no Rio de Janeiro (RJ), reuniu especialistas e representantes do setor de mobilidade para debater sustentabilidade e eficiência no transporte coletivo. A Semove, que representa 174 empresas de ônibus em todo o estado, teve participação ativa nos painéis do evento.

No primeiro dia, a diretora de Mobilidade da Semove, Richele Cabral, enfatizou a importância de modernizar a malha urbana para tornar os deslocamentos mais organizados e confiáveis. Ela destacou ainda a relevância de parcerias entre gestores públicos e operadores para recuperar a demanda de passageiros. Em sua apresentação, lembrou experiências de Goiânia (GO) e Brasília (DF), cidades que já superaram os níveis de usuários registrados antes da pandemia.

Richele também abordou as novas tecnologias energéticas que podem reduzir a emissão de poluentes no setor, como veículos elétricos, a hidrogênio, GNV, biometano, biodiesel e HVO. Além disso, defendeu melhorias em áreas complementares à operação, como iluminação pública, pavimentação, infraestrutura nos pontos de parada e uso de ferramentas digitais para gerenciamento do transporte. “O transporte coletivo precisa ser visto como parte da infraestrutura essencial das cidades. Investir em qualidade significa investir em dignidade e em sustentabilidade”, afirmou a diretora.

No segundo dia de debates, o gerente de Planejamento e Controle da Semove, Guilherme Wilson, destacou os impactos financeiros da transição energética. Segundo ele, o modelo atualmente discutido no país tende a recair sobre a tarifa. “No transporte coletivo, a transição proposta da forma como vem sendo debatida impacta diretamente a tarifa e o passageiro. Precisamos de um caminho justo, que preserve o acesso e não sobrecarregue quem mais depende do ônibus”, declarou.

Wilson também apontou que a perda de mais da metade do número de usuários nas últimas décadas aumenta a urgência de políticas que fortaleçam o transporte público, responsável por emitir até oito vezes menos gases poluentes do que os veículos individuais. Para ele, diante do custo elevado da eletrificação, outras soluções renováveis, como o biogás, devem ser consideradas no processo de descarbonização.

Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte



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