Publicado em: 21 de novembro de 2024
Grupo denuncia supostas quebras de acordo assinado entre empresas e trabalhadores
GUILHERME STRABELLI
O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana realizou uma nova assembleia na madrugada desta quinta-feira, 21 de novembro de 2024, para discutir a possibilidade de paralisação das garagens.
Desta vez, o encontro aconteceu com trabalhadores da Metropolitana, que também denunciaram descumprimento de Convenção de Trabalho assinada neste ano.
Conforme mostrou o Diário do Transporte, o Sindicato realizou outras duas assembleias já, sendo a mais recente na madrugada de terça-feira, 19 de novembro, com trabalhadores do Consórcio Recife. O outro encontro foi com trabalhadores da Mobibrasil.
Relembre:
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Segundo o Sindicato, os mutirões da entidade identificaram que a empresa “segue roubando horas do trabalhador”. Em publicação nas redes sociais, o grupo lembra que a cláusula sobre o tema foi retirada da Convenção assinada neste ano, mas afirma que as empresas “insistem em descumprir o que foi acordado”.
A realização da assembleia afetou o serviço das linhas operadas pela Metrpolitana. O ato começou por volta das 3h30 e os veículos foram liberados por volta das 5h40. Com isso, as linhas Jaboatão, Barro, Cavaleiro e Aeroporto tiveram a operação afetada.
Sindicato rebate Urbana-PE
Em nota publicada em seu site, o Sindicato rebate uma nota da Urbana-PE publicada no jornal Folha de Pernambuco, que diz que “não há descumprimento do acordo coletivo celebrado este ano com a categoria dos rodoviários”. Segundo o sindicato, os mutirões de fiscalização identificaram violações na convenção em ao menos cinco empresas.
“Nesses mutirões, pôde ficar evidente, a partir dos contracheques dos trabalhadores, que o acordo vem sendo claramente rasgado e pisoteado por parte das empresas. Assim, pudemos constatar que trabalhadores de empresas como Globo, Consórcio Recife, Caxangá, Metropolitana e Borborema seguem tendo suas horas roubadas”, diz o comunicado, citando o caso da Mobibrasil como “um dos mais graves”.
Na nota, o sindicato diz já ter oficiado todas as empresas citadas e relatado os problemas identificados, exigindo regularização imediata, ou seja, que os trabalhadores sejam remunerados corretamente pelas horas que trabalharam. O grupo ainda desafia a Urbana a permitir que o sindicato, um jornalista e um representante da Justiça do Trabalho acompanhem a operação de algumas linhas e que liberem todos os espelhos de ponto para advogados do sindicato.
Guilherme Strabelli, para o Diário do Transporte