20.8 C
Rondonópolis
sexta-feira, 16 maio - 23:04
- Publicidade -
Publicidade
HomeTransportesSindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro busca audiência com Eduardo Paes...

Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro busca audiência com Eduardo Paes para defender o direito à passagem gratuita


Em meio à polêmica sobre o desconto de 6% no vale-transporte, sindicato se mobiliza para garantir o direito adquirido dos trabalhadores rodoviários

ALEXANDRE PELEGI

O Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro está buscando uma audiência com o prefeito Eduardo Paes para discutir a questão do vale-transporte e garantir que os direitos dos trabalhadores sejam preservados. O presidente da entidade sindical, Sebastião José divulgou um vídeo no canal do Youtube onde defende o direito dos trabalhadores.

A categoria está apreensiva devido a uma entrevista da Secretária Municipal de Transportes do Rio de Janeiro, Maina Celidônio, que considera o desconto no vale-transporte um problema entre os rodoviários e os empregadores, no qual a prefeitura não tem envolvimento. E a situação está vinculada à implementação do Jaé, novo cartão de bilhetagem do município.

Funcionários nas empresas do transporte coletivo da cidade do Rio de Janeiro, após a implementação total do Jaé, previsto para 1º de julho, terão 6% descontado de seus pagamentos mensais.

Hoje esses profissionais não têm o desconto de 6% em seus salários, como outros trabalhadores com carteira assinada, e utilizam o transporte público gratuitamente no Rio de Janeiro.

O sindicato argumenta que o direito à passagem gratuita é um direito adquirido da década de 60, anterior à criação do vale-transporte em 1985. O sindicato ressalta que o acordo coletivo tem força de lei, conforme decisão do Supremo.

Então, me parece que é necessário realmente a gente ter uma audiência com o prefeito para resgatar a origem dessa cláusula, como eu já disse aqui no outro programa, é uma cláusula da década de 60, foi os acordos coletivos da nossa categoria que inspirou a criação do Vale do Transporte em 1985, ou seja, isso tem origem, isso tem história, e não é simples agora dizer que vai descontar 6% e vai descontar 6% do Vale do Transporte como qualquer outro trabalhador”, diz Sebastião José.

A preocupação é que os rodoviários sejam usados como massa de manobra na disputa entre o prefeito e os empresários.

O sindicato defende que os rodoviários têm uma necessidade diferenciada de mobilidade, utilizando múltiplas conduções para chegar ao trabalho ou em casa, diferente de outros trabalhadores.

O sistema atual, com o uso do cartão funcional com chip, não gera custos adicionais para o Estado ou para a Prefeitura, pois é o próprio sistema que banca o transporte dos rodoviários, explica o presidente Sebastião José.

O sindicato teme que a compra de passagens pelos empregadores possa gerar transtornos na mobilidade urbana, considerando a moradia dos trabalhadores.

O presidente da entidade sindical garante que não concordará com o desconto no vale-transporte nem com a retirada da mobilidade garantida pelo cartão funcional.

O direito à passagem gratuita abrange cerca de 35 mil rodoviários do transporte urbano de passageiros, do transporte de enfrentamento e do transporte intermunicipal.

“(…) o trabalhador tem que defender os seus interesses, o sindicato está aqui para dar esse suporte para vocês e nós vamos até a última instância para garantir aquilo que foi conquistado lá atrás, que eu não era nem nascido ainda, já tinha o Vale Transporte, não tem o direito de abrir mão, nem você, nem ninguém aqui vai abrir mão do direito adquirido de vocês. Muito obrigado, até um próximo programa, fiquem tranquilos, o sindicato está atento”, finaliza Sebastião José.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes





Fonte

RELATED ARTICLES

Most Popular

Recent Comments