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SPTrans prepara introdução de Transporte Sob Demanda em São Paulo


Plataforma chega como parte do Sistema de Monitoramento e Gestão Operacional (SMGO) que está sendo implementado pelo Consórcio Clever, vencedor da licitação de R$ 908 milhões

ALEXANDRE PELEGI

São Paulo está prestes a contar com a integração do Transporte Sob Demanda (DRT – Demand-Responsive Transport) ao sistema público de transporte da cidade. O Diário do Transporte ouviu com exclusividade da SPTrans que a primeira etapa da implementação do DRT deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2025.

O DRT chega como parte do Sistema de Monitoramento e Gestão Operacional (SMGO) que está sendo implementado pelo Consórcio Clever, vencedor da licitação de R$ 908 milhões da SPTrans.

A Clever tem agora 24 meses, contados a partir de maio de 2024, para operacionalizar a solução em todo o sistema de transporte por ônibus da capital paulista e ainda do Aquático-SP. O prazo inclui também o módulo Solução DRT (Demand-Responsive Transport) que permite o agendamento de viagens, o acompanhamento da localização dos veículos em tempo real e a gestão de reservas.

SMGO e DRT

O SMGO é um sistema de monitoramento que reúne todos os equipamentos embarcados nos veículos (sensores, GPS, UCP, validadores, VOIP), adiciona ainda tecnologias avançadas como inteligência artificial e computação em nuvem, para assim ter em mãos dados que serão usados para o controle e o planejamento operacional, a fiscalização, a gestão de crises e a comunicação com os usuários em tempo real. E tudo isso com um dinamismo e uma exatidão inéditos na capital.

Já o DRT chega para permitir que os passageiros possam solicitar suas viagens no transporte público de uma maneira personalizada, fazendo uso de um aplicativo para definir quando e onde desejam ser atendidos em seus deslocamentos.

A expectativa é que a novidade traga menos tempo de espera e maior conforto para os passageiros, além de otimização de recursos através de um uso mais eficiente da frota existente.

Implantação modular e benefícios

Segundo a SPTrans, a implementação do DRT será feita de forma modular, com foco inicial nos serviços que já operam na cidade, como o Atende+, que oferece transporte gratuito para pessoas com deficiência, e o Transporte Escolar Gratuito (TEG).

O próprio texto da licitação, porém, garante que o DRT não vai parar nestes dois públicos segmentados, devendo ser incorporado como um complemento às rotas fixas já existentes para melhorar a oferta de transporte em áreas de baixa densidade e nos horários de menor movimento.

No entanto, resta a dúvida sobre quando e como este uso mais amplo do DRT deve virar realidade na capital paulista. Questionada pelo Diário dos Transportes, a SPTrans disse apenas que o tema “está em análise, levando em consideração as características do fluxo dos passageiros”. Provavelmente a gerenciadora do transporte da capital paulista deva realizar algumas aplicações testes, em áreas determinadas, antes de escalar o projeto.

Experiências com o DRT

O uso do DRT não é novo no mundo. Mais de 180 serviços já estão em operação, com destaque para a forte presença no Reino Unido, França, Espanha, Austrália e muitos outros.

A AT Local, a maior agência de transporte da Nova Zelândia, lançou seu serviço DRT em execução em 2021, em Takaanini, Conifer Grove e expandindo para os centros das cidades de Papakura em Auckland, fornece acesso ao transporte para mais 6.400 residentes em Papakura, com um aumento na cobertura de serviço de 38%. Movimentando mais de 150 mil pessoas desde o seu lançamento, reduziu viagens desnecessárias de carro de ocupação individual, fornecendo transporte vital para aqueles que mais precisam.

Já no Brasil, a cidade de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, lançou o “Teu Bus” em 2023, um serviço de transporte sob demanda que apresenta índices elevados de satisfação. A concessionária local, a Transbus, utiliza a tecnologia da Liftango/Optai para a oferta de um serviço que pode ser definido como um transporte coletivo porta a porta e que tem cerca de 8 mil passageiros por mês em uma cidade com cerca de 130 mil habitantes.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes





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