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Volkswagen passa a oferecer consultoria e infraestrutura para ônibus elétricos, diz vice-presidente da marca


Como havia mostrado o Diário do Transporte, a empresa já vendeu 100 unidades do modelo e-Volksbus 22L, e negocia novas entregas com empresários de Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Cuiabá, além de mais na capital paulista

ADAMO BAZANI

Colaborou Yuri Sena

A Volkswagen Caminhões e Ônibus decidiu intensificar seu investimento na eletrificação de frotas destinadas ao transporte urbano e metropolitano. Além de disponibilizar ao mercado o recém-lançado ônibus elétrico e-Volksbus 22L, a fabricante firmou parceria com fornecedores de infraestrutura, sistemas de recarga e soluções integradas. Agora, a montadora também oferece consultoria completa e apoio para implantação de infraestrutura em garagens e terminais.

Quem detalhou essa estratégia ao Diário do Transporte foi o vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Ricardo Alouche.

Em entrevista ao repórter Adamo Bazani, Alouche comentou sobre a recente venda das primeiras 100 unidades do modelo — a maior parte destinada à cidade de São Paulo — informação divulgada em primeira mão pelo Diário do Transporte.

Relembre:

Volkswagen anuncia vendas de 100 ônibus elétricos, a maioria para a capital paulista

Alouche ainda revelou que há outras 70 unidades em negociação na capital paulista e que empresários do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá e Curitiba também mantêm conversas avançadas com a marca para operar veículos elétricos da Volkswagen.

Sobre a oferta de consultoria e a parceria com empresas especializadas em infraestrutura e soluções, Alouche afirmou que esse movimento acompanha uma tendência do setor, ressaltando que ainda existem muitas dúvidas e desafios tanto entre empresários quanto entre gestores públicos.

Confira a entrevista na integra:

Adamo Bazani:

O Diário do Transporte conversa com o Vice-Presidente de Marketing, Vendas e Pós-Vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, José Ricardo Alouche, que vai conversar com a gente, sobre essa novidade que nós trouxemos já em primeira mão no Diário do Transporte: 100 ônibus elétricos Volkswagen já vendidos o e-Volksbus 22L, a maioria para a cidade de São Paulo, para Transppass, é isso?

Ricardo Alouche:

Que legal, Adamo. É um prazer estar aqui falando com você e com seus telespectadores aqui, diretamente, nesse momento tão especial da família Volksbus. A chegada dos primeiros ônibus 100% elétricos às ruas da maior cidade do país. Então, como você disse, estamos entregando as 100 primeiras unidades do e-Volksbus, veículo que foi apresentado na última LatBus, na feira de ônibus aqui da América Latina. Nós apresentamos, naquele momento, como uma novidade do mercado e, agora, os veículos chegando às ruas de São Paulo.

O ponto positivo: estamos absolutamente motivados e empolgados porque os primeiros resultados do e-Volksbus nas ruas de São Paulo são encantadores. Eles estão encantando passageiros, primeiro, pelo conforto, silêncio e toda a disponibilidade de recursos que ele tem dentro do ônibus, inclusive carregador de celular; para o motorista, que tem um ônibus confortável, sem ruído, com controles à mão, diminuindo a intensidade da jornada de trabalho do motorista; e, especialmente, para o empresário, que está vendo que o e-Volksbus chegou para fazer história.

O e-Volksbus, sendo comparado com seus principais concorrentes hoje rodando nas empresas, tem se destacado pela durabilidade das baterias sem carregamento, ou seja, ele roda mais quilômetros sem necessidade de carregar, atendendo todas as exigências das rotas mais severas de São Paulo.

Adamo Bazani:

Faz aquele eco-drive também, né?

Ricardo Alouche:

Exatamente, o eco-drive otimiza a utilização da bateria e aumenta o tempo para a recarga da bateria. E o e-Volksbus, com a suspensão a ar, com transmissão automática, com todo o conforto, vem encantando, como eu já disse, passageiros, motoristas e empresários, especialmente o poder público, né? Porque o e-Volksbus chegou para atender 100% das exigências das prefeituras mais exigentes do nosso país. São Paulo é uma delas e o e-Volksbus chega agora para fazer a nova história.

Adamo Bazani:

Além das 100 unidades já faturadas, já existem encomendas? Já dá para falar em números?

Ricardo Alouche:

Adamo, eu posso te dizer que hoje nós temos 100 unidades já fechadas com clientes e temos pelo menos mais 70 unidades em negociação. É um número inicial, que aparentemente não parece ser muito representativo, mas no mercado de chassi de ônibus elétrico é uma aceleração espetacular. E nós estamos muito confiantes para o próximo ano, e tudo indica que, a hora que os e-Volksbus começarem a rodar em São Paulo, outros clientes se interessarão e a comparação será inevitável. E, no nosso caso, nós temos absoluta confiança de que os novos clientes vão optar pelo e-Volksbus e que os volumes do próximo ano vão continuar crescendo dessa forma exponencial, digamos assim.

Adamo Bazani:

A questão da eletrificação é uma questão polêmica em relação à infraestrutura. A gente sabe que é uma tendência, não vai ter como fugir da eletrificação. Pode ser até estratégico o Brasil se tornar um grande exportador de ônibus elétricos para a América Latina, mas há um momento de transição. Para essa transição também, como que a Volkswagen se posiciona?

Ricardo Alouche:

O grande desafio dos veículos elétricos, sejam eles quais forem, desde carros, passando por caminhões e também os ônibus, é a infraestrutura. Esse é o segredo fundamental do negócio de veículos elétricos, especialmente dos ônibus. É fundamental que o ônibus tenha um tempo de recarga curto e que possa fazer a recarga na hora que o ônibus está parado. É óbvio, o ônibus foi feito para rodar, se possível, 24 horas por dia.

No caso dos e-Volksbus que nós temos fechado com clientes, nós fornecemos não somente o ônibus, mas também fornecemos toda a infraestrutura que vai para dentro da garagem do cliente, colocando carregadores de alta potência, cada um dimensionado para cada frota do empresário, do transportador, para que o e-Volksbus fique o menor tempo possível carregando e o maior tempo possível rodando.

Adamo Bazani:

Quer dizer, além de vender o ônibus, a Volkswagen providencia a infraestrutura?

Ricardo Alouche:

Também temos essa opção. Algumas empresas já fizeram seus investimentos em infraestrutura e, para aquelas que ainda não fizeram, a Volkswagen fornece todo o serviço de consultoria e de parceria com as empresas de carregadores de bateria existentes no mercado. E a gente, junto com essa empresa, dimensiona exatamente qual a necessidade de cada empresa transportadora.

Adamo Bazani:

Tem sido grande a procura por consultoria? Porque a gente tem conversado com outros fabricantes e eles sentem também essa necessidade do mercado, não só na capital paulista, que está um pouco mais consolidado, mas em outras regiões. Às vezes não se sabe nem como investir, né?

Ricardo Alouche:

Exatamente. Esse é o grande desafio. Então, a cada nova consultoria, a cada nova negociação, nós aprendemos um pouco mais, o fornecedor do carregador aprende um pouco mais e o nosso cliente aprende um pouco mais. Então, está sendo um moto contínuo de aprendizado e que nós estamos, entre aspas, exportando esse aprendizado para outras cidades do país.

Então, hoje, por exemplo, já temos conversas com empresários de Curitiba, de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de Cuiabá, que estão interessados em adquirir ônibus elétricos, só que não sabem nem por onde começar. Então, é justamente para esses clientes que nós estamos dando a segurança de que temos o melhor ônibus elétrico do país e damos todo o suporte para que ele tenha o mais eficiente serviço de recarga de bateria dentro da sua empresa, sem depender diretamente de infraestrutura pública. Essa é a grande alternativa, é o grande viés que a Volkswagen está tomando com os parceiros empresários de ônibus.

Adamo Bazani:

Perfeito, Ricardo Alouche. A gente agradece bastante a sua participação no Diário do Transporte.

Ricardo Alouche:

Obrigado, Adamo. Até a próxima.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Yuri Sena para o Diário do Transporte



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