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Greve de Motoristas de Goiânia (GO) é suspensa; negociações salariais continuam no TRT


Categoria e Empresas buscam acordo definitivo após avanço nas propostas e nova audiência marcada para segunda-feira (30)

ALEXANDRE PELEGI

A greve dos motoristas do transporte coletivo de Goiânia (GO), que estava marcada para começar na sexta-feira, 27 de junho de 2025, foi suspensa. A decisão de suspender a paralisação veio após mais de três horas de negociações mediadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO), embora um acordo definitivo sobre o reajuste salarial da categoria ainda não tenha sido alcançado.

A deflagração da greve foi aprovada em assembleia realizada no domingo, 22 de junho, no Terminal Padre Pelágio, devido ao impasse nas negociações salariais. Inicialmente, o Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) reivindicava um reajuste de 20% nos salários e um aumento de 25% no auxílio-alimentação. A proposta apresentada pelas empresas, por meio do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET), previa uma reposição inflacionária de 4,86% mais 0,5% de ganho real, valor que foi rejeitado por ampla maioria dos trabalhadores.

O SET afirmou ter tomado conhecimento do indicativo de greve pela imprensa e expressou interesse em continuar as negociações.

Durante a audiência de conciliação nesta sexta (27), que foi conduzida pelo juiz auxiliar da Vice-Presidência, Rodrigo Dias, com a participação do procurador do Ministério Público do Trabalho, Marcelo Ribeiro, as partes apresentaram avanços em suas propostas. O Sindicoletivo reduziu sua reivindicação de reajuste salarial de 20% para 10%, e de 25% para 15% o valor do auxílio-alimentação. Por sua vez, o SET aumentou sua proposta de reajuste de 5,36% (composta por 4,86% de inflação e 0,5% de ganho real) para 6%, elevando o ganho real para 1,14%, aplicável sobre o salário e o benefício do auxílio-alimentação.

As entidades sindicais se comprometeram a reavaliar internamente suas propostas. O SET informou que tentará melhorar o percentual ofertado, enquanto o Sindicoletivo avaliará a possibilidade de reduzir um pouco mais sua reivindicação.

O SET reitera que qualquer paralisação no transporte público prejudicaria diretamente o usuário e que, mesmo em um ano desafiador com altos investimentos em qualidade de transporte (frota nova, reformas de estações e terminais), se propôs a conceder reajuste com ganho real.

A nova rodada de negociação está agendada para a próxima segunda-feira, 30 de junho, às 14h30, no Centro de Negociação Coletiva do TRT-GO. A desembargadora Iara Teixeira Rios, relatora do dissídio coletivo, estará presente nesta nova audiência.

A paralisação da categoria, se ocorresse, afetaria milhares de usuários do sistema na capital e na região metropolitana.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes





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