Publicado em: 18 de agosto de 2025
Ação da PM resultou em prisões, apreensões de armas e interdições de vias; coletivos foram queimados
ARTHUR FERRARI
Na manhã desta segunda-feira (18), uma ação da Polícia Militar desencadeou fortes impactos na mobilidade da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ). Criminosos obrigaram motoristas a abandonar ao menos doze ônibus, posicionados em pontos estratégicos do Morro do Dendê para dificultar o avanço policial. Um desses veículos acabou incendiado, exigindo a atuação imediata do Corpo de Bombeiros.
Equipes de diferentes batalhões – entre eles 3º BPM (Méier), 17º BPM (Ilha do Governador) e 22º BPM (Maré) – prenderam quatro suspeitos durante o cerco. Também foram recolhidos fuzis, granadas, rádios transmissores, coletes à prova de bala e grande quantidade de munição.
Na comunidade do Querosene, localizada no bairro do Tauá, houve troca de tiros com dois homens armados. Um deles foi baleado, recebeu socorro, mas não resistiu; o outro conseguiu escapar. Drogas, explosivos e um veículo usado pelo grupo foram encontrados no local.
Apesar da tensão, a Secretaria Municipal de Saúde informou que apenas duas unidades da Clínica da Família suspenderam visitas externas, sem alterar o funcionamento interno. A Secretaria de Educação, por sua vez, declarou que não houve paralisação de escolas até o início da tarde.
O Morro do Dendê, que concentra cerca de 70 mil habitantes, permanece como uma das principais áreas de influência do Terceiro Comando Puro (TCP), facção que controla pontos de tráfico na região há décadas.
Arthur Ferrari, para o Diário do Transporte
